



Esse é um convite à reflexão sobre o nosso atual contexto sociocultural asfixiante. Um momento de respiro e abertura, para percorrermos os diversos caminhos da subjetividade artística, permeando diferentes experiências poéticas, políticas e estéticas.
Bem-vindo a mais um
Festival de Artes Cênicas de Bauru.

SOBRE O FESTIVAL
Comemorando os 10 anos de existência, o Festival de Artes Cênicas de Bauru se reconfigura e apresenta uma versão híbrida, com apresentações presenciais e transmissões online.
Com 25 ações artísticas, entre espetáculos, debates e ações formativas, o festival se consolida como um dos principais eventos artísticos do estado de São Paulo.

O FACE é uma mostra cênica não competitiva de espetáculos, performances, oficinas, workshops e bate-papos, que foca nas pesquisas cênicas contemporâneas.
Serão nove dias de evento, com atrações nacionais e internacionais.
E, em meio à crise mundial ocasionada pela Covid-19, o FACE chega como uma ferramenta de fomento ao setor artístico, que busca amenizar as consequências da pandemia.
O desafio de integrar o território virtual é um convite para desenvolvermos juntos uma nova forma de criar, do fazer artístico e de suas vertentes. Laços que se reconstroem em novas plataformas.
Neste novo formato, alçamos também novos públicos e conquistamos agora uma plateia imensurável, que ultrapassa limites físicos e geográficos.
Além das transmissões, voltaremos a receber um pequeno público presencial que acompanhará ao vivo os espetáculos, sempre atentos a todos os protocolos sanitários.






Curadoria/Manifesto de ANDRESSA FRANCELINO
Mesmo com as incertezas promovidas pelo atual contexto imposto pela pandemia, é com grande satisfação e euforia que temos a honra de celebrar a décima edição do Festival de Artes Cênicas de Bauru – o 10 FACE.
Por meio do Programa de Estímulo à Cultura, temos a oportunidade de realizar esse festival e convidar a todos para uma nova forma de pensar a arte e refletir sobre as consequências ocasionadas pela pandemia no Brasil e no mundo.
A temática proposta para esta edição “Reflexões sobre o papel do artista pós pandemia” vai ao encontro da inter-relação entre o meio urbano, os indivíduos que o compõem e as mudanças comportamentais que, de forma abrupta, alteraram o modo de ser da sociedade.
Nossos dias foram invadidos por um caos cujos fluxos são capazes de paralisar os corpos e levar nossas respirações a um estado de asfixia. Todos tivemos que reaprender a respirar. O mundo sofreu importantes mudanças nos últimos meses e, como escreveu o filósofo Edgar Morin (2020), no artigo Um festival de incerteza: “A importante revelação dos impactos que sofremos é que tudo aquilo que parecia separado está conectado, porque uma catástrofe sanitária envolve integralmente a totalidade de tudo o que é humano”. Houve uma capacidade enorme por parte dos artistas de transformar e adaptar seus projetos artísticos, ampliando o olhar sobre o seu entorno.
Experienciamos no agora um empurrão para além dos limites da imaginação. Por isso, neste período de confinamento físico, o FACE vem para proporcionar o desconfinamento mental.
Curadoria/Manifesto de FÁBIO VALÉRIO


A dinâmica brutal e avassaladora de nossos tempos é ponto de geração de memória e dilatação do espaço. Vivemos um momento de rascunhos, manuscritos, de imaginação pulsante e criativa. A arte de hoje é diluída no todo da história.
Somos tudo, menos imóveis e, para este instante que é urgente, forjamos um festival dinâmico, imbuído de linguagem caótica e contínua, criadora e portadora de significados em uma realidade flagelada, que possa ser replicada, alterada e recriada por máquinas reprodutoras e pelos olhares enquadrados.
Essa adaptabilidade e a imprevisibilidade das atividades culturais e do fazer artístico compõem um movimento dentro de um nada transbordante de significado, verdades, ficção e incertezas.
O Mal Estar Da Pós-modernidade
(R)existindo!
Ao longo de treze anos de inquietações artísticas, o grupo tem tido como premissa a pesquisa e a criação artística, primando pelo trabalho do ator e experienciando uma pesquisa multilinguagem e transversal, que busca novos elementos na articulação do simbólico, do imagético e artístico.
Atualmente, ainda que ancorado por diferentes filósofos e pesquisadores, o Protótipo caminha pelos estudos do lugar-memória, dos princípios do teatro-documentário e da dramaturgia da lembrança, na incessante investigação por uma maneira própria de criação cênica e linguagem autêntica.
Já contemplados por diversos projetos de incentivo à cultura nas esferas municipal, estadual e federal, o grupo segue cada vez mais instigado em diferentes experimentações, atentos à contemporaneidade.
Ao trilhar esses processos, constatamos que é através da confluência entre a arte e a política que é possível fomentar, potencializar e ampliar a difusão cultural.
Assim, transbordando as fronteiras de nossas pesquisas com o intuito de democratizar o acesso à arte e entendendo a necessidade da formação de público, nasceu o Festival de Artes Ciências de Bauru. Após uma década de realização, seguimos nos reinventando a partir da existência e da subjetividade de cada cena que passou por nossos palcos e telas.
FICHA TÉCNICA
Direção Geral e Artística Andressa Francelino e Fábio Valério
Coordenação de Produção Mariana Boico
Produção José Augusto Ribeiro Vinagre, Juliana Ramos, João Folcato, Mariana Boico, Giovanni Alberti
Produção Técnica Mariana Boico
Técnico Thiago Neves
Coordenação de Comunicação Juliana Ramos
Assessoria de Imprensa Gabriel Duarte
Coordenação Ações Formativas Giovanni Alberti
Curadoria e Mediação Protótipo Tópico
Identidade Visual Coletivo Boitatá
Transmissões e Registros Pro Clipe
Registro Audiovisual Kenji Matsumoto
Fotógrafo Denis Augusto
Realização Grupo Protótipo Tópico, Sociedade Amigos da Cultura, ProAC Editais